As suas preferências desta sessão foram atualizadas. Para alterar permanentemente as configurações da sua conta, acesse
Lembre-se de que é possível atualizar o país ou o idioma de sua preferência a qualquer momento em
> beauty2 heart-circle sports-fitness food-nutrition herbs-supplements pageview
Clique para ver nossa Declaração de Acessibilidade

Este Ingrediente Popular Deve Estar nos Seus Produtos de Skincare

15,412 Visualizações

anchor-icon Índice dropdown-icon
anchor-icon Índice dropdown-icon

O Que é o Ácido Hialurônico?

O Ácido Hialurônico é um ingrediente presente em produtos de saúde tópicos, orais e injetáveis. Composto por longas cadeias de moléculas de açúcar que contêm unidades repetitivas de dois açúcares (o ácido D-glucurônico e a N-acetil-D-glucosamina), o ácico hialurônico é produzido pelo corpo como um componente estrutural. Além disso, o ácido hialurônico retém uma grande quantidade de água, hidratando e lubrificando tanto a pele quanto as articulações.

Por Que o Ácido Hialurônico é Usado em Produtos de Skincare?

No tecido conjuntivo do corpo, o ácido hialurônico é rapidamente produzido e degradado. Moléculas de ácido hialurônico na pele não costumam durar mais do que um dia antes de serem substituídas. Nas cartilagens do corpo, o ácido hialurônico pode durar até algumas semanas antes de ser degradado.

À medida que envelhecemos, menos ácido hialurônico é produzido, especialmente na pele. Essa perda de hidratação é um fator importante que contribui para o envelhecimento da pele e diminuição da elasticidade, promovendo a atrofia. Esses danos eventualmente levam a rugas, perda do tônus da pele e flacidez.

Por isso o alto nível de interesse no ácido hialurônico não é surpresa, devido ao seu potencial para melhorar a saúde da pele e diminuir os sinais de envelhecimento. Porém, pesquisas sugerem que a molécula também tem potencial para outros usos.

Fotoenvelhecimento: Danos à Pele Causados Pelo Sol

A luz solar é uma das causas mais significativas de envelhecimento prematuro da pele. Estimativas sugerem que até 80% do envelhecimento da pele é causado pela exposição ao sol. Em camundongos, foi demonstrado que somente 5 minutos de luz solar induz mudanças nos níveis de ácido hialurônico, indicando danos. A longo prazo, a exposição ao sol leva a um processo similar à formação de cicatrizes na pele afetada, com redução nos níveis de ácido hialurônico.

Embora valha a pena considerar uma exposição solar razoável para aumentar os níveis de vitamina D , pode ser melhor focar na exposição de braços e pernas em vez de cabeça e pescoço para evitar os efeitos de fotoenvelhecimento no rosto. Usar protetores solares mais seguros e não químicos também pode ajudar a limitar o fotoenvelhecimento devido à exposição solar.

O Ácido Hialurônico Como Um Preenchedor Injetável Para a Pele

Os tratamentos antienvelhecimento se tornaram muito populares. Botox e preenchedores para pele são tratamentos comuns que as pessoas usam para tentar parecer mais novas. Um uso do ácido hialurônico é como preenchedor injetável para a pele, deixando os tecidos mais firmes. Embora a prática tenha ganhado muitos adeptos, vale a pena explorar sua eficácia e considerar os efeitos colaterais reportados.

Embora sejam tipicamente considerados seguros, preenchedores de pele podem ser associados a efeitos colaterais e alguns podem ser severos. Um estudo sobre deformidades nos canais lacrimais (uma condição na qual as bolsas de gordura próximas à palpebra inferior na região perto do nariz se tornam mais proeminentes) demonstrou um nível preocupante de efeitos colaterais com preenchedores injetáveis, incluindo o ácido hialurônico.

Reações tardias incluíram inchaço em quase metade dos participantes. Um em cada 4 indivíduos reportou caroços ou nódulos após o tratamento e xantelasma (uma condição causada por depósitos visíveis de gordura na pele) foi reportado por 1 em cada 6 indivíduos. Além disso, a migração do preenchedor para fora das áreas de tratamento ocorre em 1 a cada 13 indivíduos, e 1 em cada 30 apresentaram descoloração da pele.

Em casos raros, o tratamento com preenchedores de pele pode causar perda de fluxo sanguíneo para uma região da face e resultar em necrose ou morte dos tecidos cutâneos afetados. Perda de visão e inchaço do cérebro também ocorreram em ocasiões raras. Felizmente, outras formas de ácido hialurônico parecem fornecer benefícios sem as preocupações de segurança dos preenchedores injetáveis.

Existem Diferentes Formas de Ácido Hialurônico?

À medida que as pessoas continuam procurando maneiras de desacelerar ou reverter o processo de envelhecimento, diversos tratamentos tópicos começaram a mostrar benefícios. Ingredientes tópicos de skincare que tem evidências clínicas sugerindo benefícios para reduzir os sinais de envelhecimento da pele incluem vitamina A ou retinóides, alfahidroxiácidosantioxidantespeptídeos, e ácido hialurônico.

Tópico

Preparações tópicas e orais de ácido hialurônico costumam ser mais seguras do que as formas injetáveis, com muito menos risco de efeitos colaterais. Diversos produtos de skincare contêm ácido hialurônico como tratamento tópico para melhorar a aparência da pele e diminuir os sinais de envelhecimento.

Um dos benefícios do ácido hialurônico é que ele não fornece somente efeitos temporários durante o uso. O ácido hialurônico também estimula a regeneração celular, diminui a inflamação e aumenta a produção de tecido conjuntivo adicional. Todos esses efeitos podem ajudar a melhorar a qualidade da pele a longo prazo, mesmo se os tratamentos tópicos com ácido hialurônico forem eventualmente descontinuados.

Interessantemente, o ácido hialurônico também mostrou benefícios diretos para ajudar a curar feridas e lesões na pele. Ensaios clínicos usando o ácido hialurônico para úlceras crônicas nas pernas e outras feridas mostram claramente os potenciais benefícios cicatrizantes do ácido hialurônico na pele. Ulceras causadas por má circulação na parte inferior das pernas costumam se tornar crônicas e são difíceis de curar. O uso de uma gaze contendo ácido hialurônico foi comparada a tratamentos padrão para úlceras venosas crônicas. Com ácido hialurônico, 40% dos indivíduos tiveram cura completa comparados a somente 18,5% que receberam somente o tratamento padrão. Também já foi demonstrado que o ácido hialurônico tópico é útil para diminuir o tempo de cicatrização de feridas agudas e queimaduras.

Para tratar o envelhecimento da pele do rosto, estudos geralmente mostram que a aplicação tópica aumenta a hidratação e a elasticidade, enquanto diminui a profundidade e a aparência de linhas finas. Os benefícios costumam se acumular ao longo de alguns meses. Porém, é importante reconhecer que as moléculas de ácido hialurônico são grandes e costumam ter problemas para penetrar na pele. Tipicamente, para que uma fórmula seja efetiva, ela precisa ter sido processada de uma maneira que resolva o problema de absorção. Tem sido demonstrado que tanto as preparações de ácido hialurônico micronizadas quanto as nano apresentam benefícios. Moléculas carreadores, incluindo peptídeos, microagulhas (espículas) e fórmulas lipossomais também podem melhorar a absorção.

Oral

Embora o uso tópico seja mais comum, o uso oral de ácido hialurônico também demonstrou benefícios potenciais para melhorar a saúde da pele. Um estudo combinou o ácido hialurônico com outros nutrientes para suporte da pele, incluindo vitamina Cbiotinacobre, e zinco. Já foi demonstrado que a suplementação de ácido hialurônico melhora a elasticidade e a hidratação da pele enquanto diminui a aspereza e profundidade das rugas. Os benefícios parecem continuar a se acumular durante 40 dias de suplementação.

Outros Benefícios do Ácido Hialurônico

Embora o ácido hialurônico seja muito promovido para cuidados com a pele, ainda existem aplicações para outras condições. Por exemplo, injeções de ácido hialurônico também são usadas para ajudar a controlar e tratar sintomas de osteoartrite. Ao injetar o ácido hialurônico diretamente em uma articulação, é adicionada uma lubrificação que pode diminuir a dor e a inflamação. Pesquisas sugerem que moléculas maiores (chamadas de ácido hialurônico de alto peso molecular) funcionam melhor do que variedades de baixo peso.

Interessantemente, estudos com dosagem oral também mostraram melhora na dor no joelho com a suplementação. Ensaios clínicos documentaram uma segurança consistente com o uso oral, tipicamente sem efeitos colaterais adversos.

Além da pele e articulações, os olhos contêm uma das maiores quantidades de ácido hialurônico do corpo. Dessa maneira, pesquisas mostraram que o ácido hialurônico tem alguma utilidade em seus efeitos para tratar o ressecamento dos olhos. Embora seja mais comumente usado como lubrificante tópico nos olhos para ajudar com o ressecamento, quando a suplementação oral foi combinada com o uso tópico os resultados foram melhores, com maior melhora nos sintomas de ressecamento dos olhos. E além do ressecamento dos olhos, as injeções de ácido hialurônico também tem sido usadas para tratar cataratas.

Conclusão

O ácido hialurônico é um componente do tecido conjuntivo que pode fornecer benefícios para a pele, articulações e outros tecidos. A molécula fornece lubrificação e benefícios estruturais que provavelmente estão relacionados a seus efeitos. Embora o ácido hialurônico seja frequentemente usado na forma de injeção, o uso tópico e oral também parecem ter vantagens. Já foi demonstrado que o uso oral ajuda com a dor e funcionamento articular. Quando usado de maneira tópica ou tomado na forma de suplemento oral, os efeitos colaterais são mínimos, com estudos mostrando que o ácido hialurônico é consideravelmente seguro.

Referências:

  1. Bannuru RR, Natov NS, Dasi UR, Schmid CH, McAlindon TE. Therapeutic trajectory following intra-articular hyaluronic acid injection in knee osteoarthritis--meta-analysis. Osteoarthritis Cartilage. 2011;19(6):611-619. doi:10.1016/j.joca.2010.09.014
  2. Bowman S, Awad ME, Hamrick MW, Hunter M, Fulzele S. Recent advances in hyaluronic acid based therapy for osteoarthritis. Clin Transl Med. 2018;7(1):6. PublIicado em 16 de Fevereiro de 2018. doi:10.1186/s40169-017-0180-3
  3. Bukhari SNA, Roswandi NL, Waqas M, et al. Hyaluronic acid, a promising skin rejuvenating biomedicine: A review of recent updates and pre-clinical and clinical investigations on cosmetic and nutricosmetic effects. Int J Biol Macromol. 2018;120(Pt B):1682-1695. doi:10.1016/j.ijbiomac.2018.09.188
  4. Chen M, Gupta V, Anselmo AC, Muraski JA, Mitragotri S. Topical delivery of hyaluronic acid into skin using SPACE-peptide carriers. J Control Release. 2014;173:67-74. doi:10.1016/j.jconrel.2013.10.007
  5. Göllner I, Voss W, von Hehn U, Kammerer S. Ingestion of an oral hyaluronan solution improves skin hydration, wrinkle reduction, elasticity, and skin roughness: results of a clinical study. J Evid Based Complementary Altern Med. 2017;22(4):816-823. doi:10.1177/2156587217743640
  6. Hummer CD, Angst F, Ngai W, et al. High molecular weight intraarticular hyaluronic acid for the treatment of knee osteoarthritis: a network meta-analysis. BMC Musculoskelet Disord. 2020;21(1):702. Publicado em 23 de Outubro de 2020. doi:10.1186/s12891-020-03729-w
  7. Hussain Z, Thu HE, Katas H, Bukhari SNA. Hyaluronic acid-based biomaterials: a versatile and smart approach to tissue regeneration and treating traumatic, surgical, and chronic wounds. Polymer Reviews. 2017;57(4):594-630.
  8. Imhof L, Leuthard D. Topical over-the-counter antiaging agents: an update and systematic review. Dermatology. 2021;237(2):217-229. doi:10.1159/000509296
  9. Jegasothy SM, Zabolotniaia V, Bielfeldt S. Efficacy of a new topical nano-hyaluronic acid in humans. J Clin Aesthet Dermatol. 2014;7(3):27-29.
  10. Kim Y, Moon CH, Kim BY, Jang SY. Oral hyaluronic acid supplementation for the treatment of dry eye disease: a pilot study. J Ophthalmol. 2019;2019:5491626. Publicado em 25 de Setembro de 2019. doi:10.1155/2019/5491626
  11. Lubart R, Yariv I, Fixler D, Lipovsky A. Topical hyaluronic acid facial cream with new micronized molecule technology effectively penetrates and improves facial skin quality: results from in-vitro, ex-vivo, and in-vivo (open-label) studies. J Clin Aesthet Dermatol. 2019;12(10):39-44.
  12. Mikosinski J, Di Landro A, Łuczak-Szymerska K, et al. efficacy and safety of a hyaluronic acid-containing gauze pad in the treatment of chronic venous or mixed-origin leg ulcers: a prospective, multicenter, randomized controlled trial. Wounds. 2021;33(6):147-157.
  13. Oe M, Tashiro T, Yoshida H, et al. Oral hyaluronan relieves knee pain: a review. Nutr J. 2016;15:11. Publicado em 27 de Janeiro de 2016. doi:10.1186/s12937-016-0128-2
  14. Oranges CM, Brucato D, Schaefer DJ, Kalbermatten DF, Harder Y. Complications of nonpermanent facial fillers: a systematic review. Plast Reconstr Surg Glob Open. 2021;9(10):e3851. Publicado em 22 de Outubro de 2021. doi:10.1097/GOX.0000000000003851
  15. Papakonstantinou E, Roth M, Karakiulakis G. Hyaluronic acid: a key molecule in skin aging. Dermatoendocrinol. 2012;4(3):253-258. doi:10.4161/derm.21923
  16. Ricci M, Micheloni GM, Berti M, et al. Clinical comparison of oral administration and viscosupplementation of hyaluronic acid (HA) in early knee osteoarthritis. Musculoskelet Surg. 2017;101(1):45-49. doi:10.1007/s12306-016-0428-x
  17. Toole BP. Hyaluronan: from extracellular glue to pericellular cue. Nat Rev Cancer. 2004;4(7):528-539. doi:10.1038/nrc1391
  18. Trinh LN, McGuigan KC, Gupta A. Delayed complications following dermal filler for tear trough augmentation: a systematic review [publicado online antes da impressão em 19 de Outubro de 2021]. Facial Plast Surg. 2021;10.1055/s-0041-1736390. doi:10.1055/s-0041-1736390
  19. Uitto J. Understanding premature skin aging. N Engl J Med. 1997;337(20):1463-1465. doi:10.1056/NEJM199711133372011
  20. Wang ST, Neo BH, Betts RJ. Glycosaminoglycans: sweet as sugar targets for topical skin anti-aging. Clin Cosmet Investig Dermatol. 2021;14:1227-1246. Publicado em 14 de Setembro de 2021. doi:10.2147/CCID.S328671
  21. Zhu J, Tang X, Jia Y, Ho CT, Huang Q. Applications and delivery mechanisms of hyaluronic acid used for topical/transdermal delivery - A review. Int J Pharm. 2020;578:119127. doi:10.1016/j.ijpharm.2020.119127

AVISO LEGAL: Este blog não tem a intenção de fornecer diagnóstico... Saiba mais